Serapis Bey foi um serafim encarnado, que veio à Terra como espírito guardião para auxiliar a humanidade. Ele foi sacerdote no Templo da Ascensão em Poseidônis, um remanescente do Continente Atlante. Pouco antes do afundamento de Poseidônis, há aproximadamente 12.000 anos, o sumo sacerdote do Templo da Ascensão confiou a Serapis Bey a missão de transferir a Chama da Ascensão para um lugar seguro.
Ele, junto a outros 39 membros da Fraternidade, navegou por mares desconhecidos até Luxor, no Egito. Próximo ao Rio Nilo, sentiram os tremores da terra, sinal de que Poseidônis estava submergindo. Após desembarcarem perto do que hoje é Luxor, os quarenta voluntários trouxeram a Chama da Ascensão para a terra, sustentando-a com seus próprios sopros, quando parecia reduzida apenas a cinzas.
Ali, Serapis Bey estabeleceu um templo para a chama, tornando-se seu principal guardião desde então. Um membro encarnado e de confiança da Fraternidade da Chama da Ascensão deveria protegê-la quando Serapis Bey se encontrava nos planos internos, entre encarnações. Enquanto esteve encarnado no Egito, construiu os templos de Tebas e Karnak.
Mais tarde, em uma encarnação como Fídias, prestou grande serviço à humanidade ao erguer quase a réplica exata do Templo da Verdade, para que a consciência externa contemplasse sua perfeição e se sintonizasse com o serviço a Deus. Esse edifício, construído próximo a Atenas por volta de 450 a.C., foi chamado Partenon e dedicado a Palas Atena. Serapis Bey também encarnou como o rei Leônidas de Esparta.
A Fraternidade de Luxor prestou ainda um grande serviço ao resgatar livros preciosos da Biblioteca de Alexandria antes de ser destruída por vândalos. Esses escritos, assim como outras bibliotecas importantes, permanecem em Luxor e em outros retiros dos Mestres Ascensos.
Após conquistar sua ascensão, por volta de 400 a.C., Serapis Bey tornou-se Chohan do Quarto Raio, cuja ação se manifesta na Llama da Ascensão. É o Mestre dirigente da Fraternidade de Luxor e também trabalha com os Serafins. Essa Fraternidade veste túnicas brancas com adornos cristalinos nas mangas e bainhas, trazendo o símbolo de um sol sobre o coração. Serapis Bey usa o diadema do retiro: uma faixa dourada com duas asas flamejantes sobre a testa.
O amado Serapis Bey mantém disciplina rigorosa para os que aspiram à ascensão, pois a plenitude de Deus não pode ser alcançada por aqueles que, através das eras, mal utilizaram a energia divina, a menos que busquem a perfeição em si mesmos.
Mas Serapis é também um Senhor de Amor, cujo único propósito é libertar cada indivíduo das causas e núcleos de limitação e enfermidade, e de seus efeitos de dor no corpo, mente, alma e nos assuntos da vida. Ele examina os quatro corpos inferiores e programa experiências necessárias para que o discípulo os purifique e redima, até que estejam sob total controle da Presença EU SOU.
Cada candidato à ascensão deve apresentar-se a Serapis Bey (geralmente em corpo etérico durante o sono físico). Ele então exterioriza a aura do discípulo e, com amor, prepara as iniciações que ajudarão a transmutar sua natureza inferior. A cada candidato é designado um irmão ou irmã de Luxor, cuja missão é oferecer oportunidades (não castigos!), para que, com perseverança, alcance a vitória da ascensão. Muitos conseguiram esse triunfo graças à orientação amorosa de Serapis Bey e sua Fraternidade.
O Mestre explica: “Tenho o privilégio de examinar cada corrente de vida que deseja ascender e preparar as iniciações que seus pensamentos e sentimentos mais íntimos requerem. Essas provas não são punições, mas oportunidades de fortalecer a fé em Deus. Às vezes, as experiências necessárias para transformar-se de humano em divino parecem muito duras, especialmente quando o discípulo pede que toda sua natureza seja transmutada em uma só encarnação. A rapidez dessa transformação pode parecer uma prova além dos limites da resistência. Contudo, melhor que seja feita depressa, pois é algo inevitável.”
A Nota Tonal de Serapis Bey encontra-se na melodia “Celeste Aida”.
(Fonte: Biografías de 107 Maestros Ascendidos, Werner Schroeder)
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